quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Um bom começo!

2009 – ano de expectativas e realizações.

Como todo bom começo de ano, já estou cheia de dívidas: IPVA, renovação do seguro do carro, as últimas prestações da viagem de férias – que a propósito, valeu cada centavo - a renovação da carteira de motorista – ah, deixei vencer mesmo, estava muito ocupada viajando e curtindo minhas merecidas férias - e resquícios de uma dívida de 2008....
Agora sou obrigada a ficar em casa de molho por alguns meses – já virou tradição.
Bom, mas o importante mesmo é não desistir de um objetivo que venho protelando já faz tempo, o de voltar a faculdade.
Quem mandou o banco ampliar meu limite???
Vou me enrolar na corda e torcer para não me enforcar, afinal, como a boa brasileira que sou, no fim a gente dá um jeitinho.
Pra falar a verdade estou até um pouco impressionada comigo mesma depois dessa virada, virada de 2008 pra 2009, virada dos 29 para os 30 anos.
Retomei alguns hábitos que há tempos tinha perdido, como acompanhar a novela das 8 e assistir ao Big Brother. Sim, percebi depois de algum tempo que se não fizesse esse tipo de coisa ficava um pouco por fora dos assuntos no bar e nas rodinhas com os amigos, porque tem sempre alguém comentando da bendita novela ou das pegações, atritos e afins do Reallity Show Global.
Sabe de uma coisa? Essa virada dos vinte para os trinta me deixou muito mais consciente de mim mesma, parece que estou me aceitando muito mais, fazia tempo que não me sentia assim.
Depois de uns vinte e poucos anos eu entrei numa crise e me fechei muito. Me fechei tanto que nem eu mesma conseguia enxergar o buraco onde tinha me enfiado. Por mais que quisesse sair do breu, apalpava a escuridão sem saída e amargurava os anos que se passavam tão depressa, acelerando a chegada aos temidos 30 anos.
Por que será que a gente tem tanto medo dos 30?
Antigamente a maioria das pessoas de 30 anos já estava casada, já tinha filhos.
Hoje o panorama é outro.
A maioria das pessoas de 30 anos está encalhada - e a que casou, separou – curtindo a solterice e batalhando por um lugar ao sol no mercado cada vez mais competitivo e sedento por talentos.
Já nem me importo mais.
Hoje penso diferente, acredito que tenho sim que batalhar, fazer a minha parte para não ficar para trás, por isso vou me enforcar no limite do banco e voltar pra faculdade.
Hoje vejo que chegar aos 30 anos é lindo, porque posso sentir a beleza da maturidade fluindo em meus pensamentos.
Entendo melhor a importância em ter paciência e as maravilhas que somente o tempo pode trazer, porque ás vezes pensamos que certas coisas não irão mudar e que estamos fadados ao futuro que nossos medos moldaram para nós mesmos – que bobagem.
Cheguei ao ponto em que me livrei dos rótulos que colocaram em mim, e que acreditei piamente que fossem verdade, aceito meus defeitos humildemente e celebro minhas qualidades, sem modéstia alguma e com a mesma alegria débil dos vinte e poucos anos.